“Aconteceu na Romênia, em 1953” – é o crédito que sobe ao
final desta coprodução entre Romênia, França e Luxemburgo com direção do romeno Horatiu
Malaele.
Com um time dramático tragicômico e burlesco, o filme se
inicia nos dias atuais, com uma equipe de filmagem que se diz buscadora de histórias
paranormais, chegando ao pátio do que já foi uma fábrica na Romênia e nos
informando, jocosamente, que antes ali fora “uma vila que os comunistas destruíram para levantar uma fábrica que
agora está sendo destruída para construir uma vila para ricos”.
Remetidos para o passado, somos conduzidos a uma história,
que nos é mostrada de forma deliciosa, sobre os personagens daquela vila romena,
com suas tradições e peculiaridades, que está sujeita às barbáries russas.
Um casamento será celebrado, tudo está farta e festivamente
preparado, a alegria toma conta de todos os convidados, muita música, comida e
bebida, mas soldados russos chegam e avisam que Stalin está morto e nenhuma
comemoração poderá ser realizada sob pena de ser tratada como alta traição.
Criativamente, após a saída dos soldados russos, decide-se
realizar a festa em silêncio e o que se passa a partir daí é sensacional. Algo
que nos remete à comédia italiana, ainda que seja uma “festa de polacos”.
Denunciando, em meio ao cômico, a tragédia dos regimes ditatoriais.
A vida, a alegria e a desobediência civil são elementos constantes na história, como a nos dar a trilha do que pode nos salvar do autoritarismo.
A vida, a alegria e a desobediência civil são elementos constantes na história, como a nos dar a trilha do que pode nos salvar do autoritarismo.
Filme delicioso, poético, teatral, inteligente, diferente. Eu
recomendo!
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